Aloísio Mercadante |
Bahia sediou, nesta sexta-feira (4), no auditório da Federação das
Indústrias da Bahia (Fieb), em Salvador, um seminário de debate para garantir mais recursos destinados à ciência, tecnologia e inovação para a região. Além do ministro da pasta, Aloísio Mercadante, participaram do evento secretários dos demais estados nordestinos e representantes de universidades e outros órgãos de pesquisas.
Durante o seminário foi entregue ao ministro um termo de referência
para a construção de um Plano de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico destinado ao Nordeste, elaborado pela Comissão de Ciência
e Tecnologia da Câmara dos Deputados, juntamente com a bancada de deputados nordestinos.
para a construção de um Plano de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico destinado ao Nordeste, elaborado pela Comissão de Ciência
e Tecnologia da Câmara dos Deputados, juntamente com a bancada de deputados nordestinos.
“Tem muita coisa acontecendo na Bahia. São vários projetos de
pesquisa coordenados a partir do estado como a ciência do mar. Um dos
equipamentos que queremos dar prioridade é um radar tecnológico,
porque a Bahia precisa ter uma cobertura melhor das chuvas e prevenção
mais eficiente contra os desastres naturais”, afirmou Mercadante.
Outro ponto que qualifica o estado, segundo o ministro, é o Parque
Tecnológico, com inauguração prevista para este ano e “que vai começar
já com oito empresas importantes”.
pesquisa coordenados a partir do estado como a ciência do mar. Um dos
equipamentos que queremos dar prioridade é um radar tecnológico,
porque a Bahia precisa ter uma cobertura melhor das chuvas e prevenção
mais eficiente contra os desastres naturais”, afirmou Mercadante.
Outro ponto que qualifica o estado, segundo o ministro, é o Parque
Tecnológico, com inauguração prevista para este ano e “que vai começar
já com oito empresas importantes”.
PESQUISA - Ainda em relação à Bahia, o ministro destacou que as
áreas que devem ser prioridade são os arranjos produtivos que já
existem e precisam ser adensados para se agregar valor e gerar
empregos. “Estamos constituindo o Embrapi (Empresa Brasileira de
Pesquisa Industrial), uma espécie de Embrapa (Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária) da indústria, inicialmente com três centros, um
deles na Bahia. Também o Cimatec (Centro Integrado de Manufatura e
Tecnologia), que é um dos grandes centros de pesquisa na área
industrial hoje, talvez o melhor do Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (Senai) em termos de perfil e de desempenho”.
Mercadante lembrou que a região Nordeste tem um polo automotivo
importante, que vem crescendo, em especial na Bahia e em Pernambuco.
“Alguns equipamentos estratégicos já existem na região e outros estão
sendo construídos como refinarias, estaleiros, ferrovias e portos, que
vão trazer competitividade logística”.
Para Mercadante, essa infraestrutura tem que ser acompanhada das
pesquisas de ponta para promover a atração de investimentos e
empresas. “O Nordeste é um polo consumidor importante. Tem turismo,
agricultura pujante, mas algumas das suas regiões precisam de atenção
especial, principalmente o semiárido”.
O ministro Mercadante disse que o Nordeste brasileiro precisa de um
plano diferenciado de desenvolvimento científico e tecnológico. “Nós
estamos concluindo a estratégia nacional de ciência, tecnologia e
inovação para o período 2011/2015 e queremos agora desenhar
estratégias específicas para as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. O Brasil é muito desigual regionalmente. Impulsionando a ciência, a tecnologia e a inovação, nós vamos fazer um país mais homogêneo e equilibrado”.
Segundo o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Inovação,
Paulo Câmera, o esforço da bancada do Nordeste, em conjunto com as
secretarias estaduais, deverá ser o primeiro caminho para a correção
da grande desigualdade do desenvolvimento da ciência e da tecnologia
existente no Brasil. “A defasagem em relação ao sul, se é grande em
termos de economia, na área de ciência e tecnologia é dez vezes
maior”.
Para Câmera, o fio condutor do desenvolvimento da CTI na Bahia é o
Parque Tecnológico, “que atuará principalmente na área de
biotecnologia, onde está a nossa grande expertise. Temos o maior
número de mestres e doutores do Nordeste, além de um vasto semiárido a
pesquisar. Então, nossa concentração deverá ser nessa área”.
CAMAÇARI – Paulo Câmera falou também sobre a criação de um espaço
estendido de pesquisas em Camaçari. Segundo ele, na região há uma
concentração que já foi petroquímica e hoje é um polo industrial com
grande potencial de inovação nas dezenas de empresas que envolvem
aquela localidade.
“Nossa ideia é potencializar o desenvolvimento em Camaçari,
aproveitando a expertise das empresas e aportando recursos. É o mesmo
caso de Ilhéus, onde é preciso que haja não somente montagem de
computadores, mas pesquisas na área. Deveremos ter estes dois novos
focos e uma recuperação do nosso atraso na área”, afirmou o
secretário.