sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Da Bahia para Brasília: Eva Chiavon assume o Ministério do Planejamento e destaca sua atuação na Casa Civil baiana


As duas palavras que sintetizam a entrevista coletiva concedida pela secretária da Casa Civil, Eva Chiavon, nesta quinta-feira (27), na Governadoria, são desenvolvimento e gratidão. Indicada para assumir, no início de novembro, o cargo de secretária executiva do Ministério do Planejamento, ela falou sobre a sua trajetória, a convicção que tem da importância do desenvolvimento da Bahia e do Nordeste para o Brasil, e destacou os principais projetos que supervisionou em quatro anos e dez meses de atuação no Governo do Estado. Assumirá a secretaria, interinamente, o atual chefe de gabinete da Casa Civil, Carlos Mello.


“Eu quero rememorar o convite que me foi feito pelo governador Jaques Wagner, na sua primeira vitória, e que eu aceitei de pronto. Convivi com ele quando era ministro, em Brasília, e aprendi muita coisa de gestão, de firmeza e de liderança. Naquele momento, a experiência foi de uma agenda nacional de desenvolvimento em que os âmbitos problemáticos do país nos colocavam que - e eu sempre fui uma apaixonada por Celso Furtado - a gente não desenvolverá o Brasil sem desenvolver o Nordeste”.


A secretária afirmou que, neste contexto, o que a motivou a atuar no maior estado nordestino, era estar ao lado do governador num projeto de desenvolvimento da Bahia. “Aqui, eu aprendi que não se desenvolve o Nordeste sem se desenvolver o semiárido. O meu trabalho na Casa Civil foi colaborar com o governador Jaques Wagner na coordenação da gestão de governo para que este projeto se pusesse em curso”.


Segundo Chiavon, o projeto de desenvolvimento possuía características importantes. “Teria que haver uma desconcentração de renda e riquezas, e o meu papel como secretária nas ações de governo, portanto, era dialogar com todas as secretarias, com os gestores das ações prioritárias. Sou muito grata pela minha equipe, pela equipe de governo como um todo e da Casa Civil também”.


Realizações - Eva destacou a atuação do Estado na captação de recursos do governo federal. “A Bahia está acima da média da execução nacional em saneamento, por exemplo, que ultrapassamos os 60%. Agora, nestes dez meses do segundo mandato, a gente conseguiu organizar o que se torna prioritário para os próximos anos, que é avançar nas políticas sociais, na saúde, na educação. Temos o Programa Vida Melhor, já lançado e bem formatado, e todas as obras de infraestrutura”.


A Ferrovia da integração Oeste/Leste (Fiol) foi abordada com a informação de que o projeto está com o andamento adiantado. “Foi dada ordem de serviço nos quatro trechos. Agora, ela tem que continuar. Está em processo de análise e discussão interna na empresa Valec, do governo federal, para rever os projetos e analisar os estudos”.


Sobre o Porto Sul, Chiavon disse que o estudo de impacto ambiental apresentado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) foi aceito e que o assentamento das pessoas no entorno do projeto é natural. “É uma tarefa, um compromisso de governo a resolver, mas que já está absolutamente conversado com estas comunidades, de forma muito pactuada e dialogada”, afirmou a secretária ao ser lembrada que haverá uma audiência pública sobre o assunto em Ilhéus, no próximo sábado (29).


As obras de mobilidade urbana também foram citadas. “Nós vamos nos concentrar em negociar com o governo federal a questão do montante de valores que a Bahia terá para o metrô linha 2”. Segundo ela, a Bahia já cadastrou também, no Ministério das Cidades, outras linhas complementares para o projeto de mobilidade urbana, que fazem parte do PAC Mobilidade. “Existe um planejamento feito, com apresentação de projetos. O fato é que a nossa prioridade efetiva é a construção do metrô linha dois”.




Novo cargo - A secretária falou ainda que assumir o cargo no ministério, com os conhecimentos adquiridos na Bahia, ajudará a desenvolver o Nordeste. “Quem conhece, tem condições mais claras para tomar decisões. Agora, evidente que será uma via de mão dupla. Eu, evidentemente, no Ministério do Planejamento, vou ter a Bahia e mais 26 estados. O Nordeste, eu repito, é uma questão de convicção, precisa de um plus para que o Brasil se desenvolva melhor”