quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Ministra Eliana Calmon estará em Aracaju no IV Congresso Brasileiro de Controle Público

Ministra Eliana Calmon
 A "Dama de Ferro" brasileira afirmou que há bandidos no Poder Judiciário e que parece haver um complô a favor da impunidade no país. 


De 23 a 25 de novembro Aracaju se torna a capital do combate à corrupção, quando recebe o IV Congresso Brasileiro de Controle Público, no Teatro Tobias Barreto, recebendo grandes nomes, a exemplo da ministra do Superior Tribunal de Justiça, Eliana Calmon, uma mulher de fibra que não quer "passar em brancas nuvens" pela função e vem causando polêmica em suas ações e declarações em defesa da moralidade no Judiciário e da punição de magistrados que tenham se desviado.


"É necessário defendermos a magistratura. O judiciário ganhou muitas atribuições com a Constituição de 1988 e não se preparou adequadamente para a modernidade da Carta Magna. Existe falta de estrutura na Justiça e sacuteamento nos cartórios extrajudiciais, que são 'uma chaga' no país", afirma a ministra.


Enfrentando a corrupção com altivez, afirmando que há sim bandidos no Poder Judiciário e que o problema precisa ser encarado de frente, pelo bem da verdade e da magistratura, a ministra diz que "a quase totalidade dos 16 mil juízes do país é honesta. Os bandidos são minoria. Uma coisa mínima, de 1%, mas que fazem um estrago absurdo no Judiciário".



Sobre a decisão do Supremo em limitar os poderes da corregedoria e do próprio Conselho Nacional de Justiça, ela declara que parece haver um complô para que não se puna ninguém no Brasil. "As portas estão se fechando. Acho que é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga", declarou em entrevista à APJ (Associação Paulista de Jornais).  


Com tamanha coragem, não é para menos que a ministra vem sendo chamada de a "dama de ferro" brasileira, conquistando o apoio cada vez maior da população e de todos que, como ela, querem de fato combater a corrupção no país.