quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Ministro da CGU, que expôs o sistema corrupto das ONG's, estará em Aracaju

Jorge Hage
De 23 a 25 de novembro Aracaju se torna a capital do combate à corrupção, quando recebe o IV Congresso Brasileiro de Controle Público, com grandes especialistas nacionais e locais que estarão no Teatro Tobias Barreto debatendo temas como o acesso a informação pública, o controle dos concursos, das aposentadorias e pensões, dos processos disciplinares das obras do Estado, inclusive na preparação da Copa do Mundo e das Olímpiadas, medidas preventivas de combate à corrupção, a reforma política e a responsabilização dos agentes políticos, o controle das políticas nas áreas de educação e saúde, o novo regime diferenciado de licitações e compras governamentais, a promoção da ética pública e dos direitos humanos, entre outros.



 Entre os convidados, o ministro da Controladoria Geral da União, o baiano Jorge Hage Nascimento, que mais recentemente está na mídia nacional lutando contra a corrupção nos contratos com as Organizações Não-Governamentais (ONGs), provocando um chamamento público para que aja um processo seletivo idôneo para a escolha das ONG's nas parcerias e convênios.



Jorge Hage
 À frente da CGU desde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Hage diz que não foi a corrupção que aumentou nos últimos dois governos, mas a apuração dos casos e das denúncias, que se tornou mais efetiva. Antes tudo ficava "debaixo do tapete", diz o ministro.



Cinco ministros já cairam



Esta semana, o ministro implementou à luta contra a corrupção em relação as ONGs, propondo o fim de contrato com ONGs sem funcionários. "È preciso vedar a subcontratação integral do objeto do convênio porque elas podem estar sendo usadas como intermediárias para empresas, o que seria uma burla, porque sendo empresa o governo teria de contratar mediante licitação", explica Hage. Dentro desse contexto, não faz sentido firmar convênio com ONGs sem nenhum funcionário, já que não podem executar o trabalho para o qual foi contratada. "Tem sentido algum isso?", indaga o ministro da CGU, que já suspendeu o pagamento a cerca de 3 mil convênios da União com ONGs que foram alvos de escândalos e ajudaram a derrubar cinco ministros neste primeiro ano de governo de Dilma Rousseff.


Auditores precisam quintuplicar

Diante dos volumosos investimentos públicos que estão por vir por conta da Copa de 2014, da Olimpíada de 2016, entre outros, Hage defente a ampliação do quadro de auditores da CGU para "cinco vezes mais".

O ministro diz que a CGU já atua com um déficit de cerca de 500 auditores e espera que, para o próximo ano, o ministério do Planejamento autorize concursos para aumentar os quadros da casa. "Sem dúvida precisávamos de mais pessoal", diz o ministro.





Sobre o Congresso



Promovido pelo Instituto Brasileiro de Direito Público, e com organização da LatoSensu Eventos, ambas de Salvador (BA), o Congresso Brasileiro de Controle Público está em sua quarta edição e será realizado pela primeira vez fora da capital baiana graças ao apoio de Isabel Nabuco, Conselheira Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, que foi a grande incentivadora para que tão importante evento se realizasse em Aracaju.

O IV Congresso Brasileiro de Controle Público acontecerá de 23 a 25 de novembro, no Teatro Tobias Barreto, com a participação de palestrantes ilustres. Além do ministro da CGU, o evento contará com as participações do ministro Valmir Campelo, do Tribunal de Contas da União, e da ministra Eliane Calmon, ministra do Superior Tribunal de Justiça, que vem provocando polêmica com seu posicionamento sobre os poderes do Conselho Nacional de Justiça.


Confira a programação completa no endereço www.direitodoestado.com.br/cp e saiba sobre as promoções para grupos através do site ou dos telefones. Informações no 0800-707-5246 ou (71) 2101-5246.