segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Estratégia petista para 2014 na posse da Ministra Ana Arraes? Saiba mais!


Governador Eduardo Campos e sua mãe, a
ministra Ana Arraes - estratégia petista para 2016?
Filha do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, e mãe do atual governador pernambucano, Eduardo Campos, Ana Arraes foi eleita ministra do Tribunal de Contas da União pela Câmara dos Deputados, com 222 votos, e teve sua nomeação expedida por decreto presidencial de 29 de setembro de 2011. A vaga é decorrente da aposentadoria do ministro Ubiratan Aguiar, ocorrida em agosto.
Sua posse, que aconteceu dia 26/10, no edificio-sede do TCU, em Brasília (DF), contou com a presença da presidente Dilma Roussef, além de diversas autoridades e imprensa. 

Em seu discurso de posse, a ministra lembrou da sua trajetória política e a do seu pai, Miguel Arraes, agradeceu aos filhos e a família, e ressaltou a responsabilidade do Tribunal de Contas no controle e na transparência da gestão pública.


Ana Arraes é a terceira representante de Pernambuco na corte, ao lado dos ministros José Jorge e José Múcio.
Estratégia petista - De olho em 2014!


O senador pernambucano Humberto Costa, líder do PT e do Bloco de Apoio ao governo no Senado Federal, prestigiou a posse da sua conterrânea, e enfatizou a contribuição de Pernambuco para o órgão, bem como o papel relevante do Estado de Pernambuco na história do país. "A posse da ministra Ana Arraes é um orgulho para nós pernambucanos, que sempre tivemos a frente das grandes questões do país", disse o senador.


A ministra é mãe do atual governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que para alguns colunistas políticos, foi o motivo do apoio do ex-presidente Lula (também pernambucano) para a efetiva eleição da ministra, visando o apoio estratégico do governador de Pernambuco nas eleições presidenciais de 2014.

Eduardo Campos x Aécio Neves - Nomes fortes para eleições de 2014


Em matéria publicada no Estado de S. Paulo, Chirstiane Samarco diz que com o PSDB do senador Aécio Neves (MG) fazendo a corte ao governador e presidente nacional do PSB, o que Lula queria era "amarrar" Campos ao PT.


Trecho da matéria:


Foi o próprio Lula quem revelou seu objetivo tático a um correligionário. Questionado sobre se a vitória não deixaria Campos "forte demais", na condição de comandante de uma articulação nacional e suprapartidária bem-sucedida, o ex-presidente foi direto ao ponto: "Não. Isso vai prendê-lo ao nosso lado".


O secretário de governo de Pernambuco e deputado Maurício Rands (PT), que trabalhou até a última hora no plenário da Câmara para eleger Ana Arraes, diz não ter dúvida de que "o grande significado político da eleição foi reforçar a parceria do PT com o PSB no âmbito da grande aliança que dá sustentação ao governo Dilma Rousseff". Ele entende que o fato é relevante porque dá mais equilíbrio interno à base governista e aproxima os dois partidos nas eleições municipais.


"PT e PSB saem muito mais próximos deste episódio", concorda o vice-presidente do PSB, o ex-ministro Roberto Amaral.