A Receita Federal encontrou nesta quinta-feira, no porto de Suape, em Ipojuca (a 60 km de Recife), mais um contêiner com lixo hospitalar importado dos Estados Unidos. Foi o segundo carregamento do tipo apreendido no porto nos últimos três dias. No total, cerca de 45 toneladas de resíduos estão retidos no local.
O lixo foi importado por uma confecção de Santa Cruz do Capibaribe, cidade do Agreste pernambucano conhecida por suas indústrias têxteis. A documentação dos dois contêineres indicava que o conteúdo seria "tecido de algodão com defeito".
Ao abrir as caixas metálicas, no entanto, fiscais da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e da Receita encontraram vários fardos com lençóis sujos de sangue, luvas cirúrgicas, seringas, cateteres, máscaras e gaze usados, entre outros materiais.
Segundo o inspetor chefe da alfândega da Receita Federal em Suape, Carlos Eduardo Oliveira, a mesma empresa que importou os dois contêineres já havia trazido outros seis carregamentos neste ano, também dos Estados Unidos, sem que as cargas fossem vistoriadas.
"Vamos investigar agora o que estava dentro desses seis contêineres", disse ele. As cargas foram embarcadas no porto de Charleston, na Carolina do Sul (EUA), e chegaram a Suape em datas diferentes.
A Receita suspeitou do sétimo carregamento, desembarcado em Suape há cerca de duas semanas, porque a documentação indicava um preço cerca de 50% abaixo do parâmetro mínimo usado pelo governo federal para o tipo do material importado.
O oitavo contêiner, aberto hoje, chegou ao porto na semana passada. A área onde está o lixo hospitalar, no terminal de contêineres de Suape, foi isolada. Policiais federais estão no local.
Fonte: Noticias Bol/Fabio Guibu